"O meu corpo é um jardim, a minha vontade o seu jardineiro." (William Shakespeare)

                                                                                                           

Que Camões me perdoe... 

Mas o Amor é fogo que arde e faz queimar,
É ferida que dói fazendo sangrar.
É Sade nos mostrando o prazer,
É dor que desatina e faz sofrer...

Roube da cana a doçura do mel
Forge no trigo o milagre do pão
Roube da cana a doçura do mel
Só não forge um amor em vão.

Não devemos falar a língua dos outros, nem utilizar o olhar dos outros, porque nesse caso existimos através do outro. É preciso tentar existir por si mesmo.

Versos de Sangue

As lágrimas se transformaram em versos de dor,
A dor por sua vez se transformou em lágrimas de sangue
Manchando os versos que um dia foram de amor.

A competência de abrir a porta, confere também na competência de saber fechá-la.

Eu Poema

Suas mãos trabalham em mim
Como as que trabalham em um poema.
Os seus olhos vão decifrando,
Verso por verso, estrofe por estrofe do meu corpo.
A sua língua provoca variações
Na minha gramática corporal,
Me fazendo conjugar os verbos do prazer.